quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

Grande Tribulação e Grande Trono Branco


Existem dois eventos que acontecerão no fim dos tempos  que dão  muito pano para a manga  e geralmente suscitam muita dificuldade para os que estão  estudando pela primeira vez ou que não estudaram ainda de forma aprofundada. Esses eventos são: a grande tribulação e o grande trono branco.

Sobre o primeiro surge algumas dúvidas  no que diz respeito a se acontecerá  ou não  a salvação durante esse período , se essa salvação se dará só  para os gentios ou se também  ocorrerá para judeus! Sobre o grande trono branco pergunta-se quem participará desse grande evento. Vou tentar mostrar minha pespectiva  dispensacionalista sobre esse tema.

O cenário  da grande tribulação pode ser visto em textos como o de Mateus  24.4-26 e Apocalipse  6 ao 18, sem falar em textos  veterotestamentários que também  fazem bastante menção à  grande tribulação.

Sobre isso já  podemos observar que em Mateus 24.13,14 está  dito que haverá pregação da palavra de Deus, estando em plena harmonia com Apocalipse 11, quando fala das testemunhas que profetizam a respeito de Deus. No versículo 13 do capítulo 24 de Mateus  ainda está  dito que quem perseverar até  o fim SERÁ  SALVO.

Independente do sentido de salvação  nesse texto ainda está  dito em apocalipse que uma quantidade imensa de pessoas serão  salvas na GT (cf. Ap 7).

A partir daqui já  poderíamos mais do que dizer que havará salvação na grande tribulação. Podemos dizer também que haverá salvação para judeus e gentios. 

Senão, confira:

Depois disso olhei, e diante de mim estava uma grande multidão que ninguém podia contar, de todas as nações, tribos, povos e línguas, de pé, diante do trono e do Cordeiro, com vestes brancas e segurando palmas.(Ap 7.9)

Observe que não  somente a nação de Israel que será salva. Mas uma grande multidão  de "todas as nações".

Como disse um certo escritor: " Os versículos de 9 a 17 dão o cumprimento dessas promessas do Antigo Testamento relativas à salvação dos gentios, pois aqui temos a descrição de uma multidão, cujo número não se pode calcular, que experimentou a salvação. O fato de que eles "lavaram suas vestiduras e as alvejaram no sangue do Cordeiro" garante a sua salvação." ( Manual de Escatologia).

A base da salvação  desses indivíduos  é  o sangue do cordeiro. Da mesma forma que o sangue do cordeiro serviu e serve para salvar todos os israelitas também serve e está  servindo para salvar todos os gentios. Ora, se o sangue do cordeito ( Ap 7.14) salvasse só  os Israelitas  por que não  salvaria a gentios também? Por acaso os gentios na tribulação  vão  ser menos "merecedores" da salvação  do que os Israelitas? Na verdade os Israelitas não  são  merecedores de nada, assim também  os gentios, por isso estão  ambos debaixo de uma mesma base ( Romanos 3.9; 11.32).

Acredito que sobre a grande tribulação nossas dúvidas podem ser esquecidas. Haverá salvação  para gentios e judeus, sob uma mesma base, que  é o sangue do cordeiro!

Sobre o grande trono branco podemos ver sua descrição  em apocalipse 20.11-15. Diferentemente do que alguns dizem, esse será  um julgamento singular e único, não  tendo nenhum pararelo nas escrituras. Esse tribunal é  chamado de "grande"  e "branco". O tribunal de Cristo  não  é  chamado de grande. Sem falar que a descrição  dos participantes  desse julgamento são  diferentes do tribunal de Cristo, assim como também é  diferente a ocasião  em que ele acontece.

Esse julgamento também  não  é  idêntico  com o julgamento das nações  de Mateus  25.31-46, isso porque os dois eventos  possuem diferenças importantíssimas.

Peters diz: 

O  julgamento  de  Apocalipse  20.11-15,  após  os  mil anos, não  é  das  nações  viventes,  mas preeminentemente  "dos  mortos". Apenas  os  mortos são  mencionados,  e  quem  acrescenta  as "nações viventes"  a  ele  (para  criar  um  julgamento universal)  está certamente  acrescentando  à profecia. Tal  julgamento  é  necessário para  completar  nas proporções  certas  aquilo  que,  de  outra  forma, estaria   incompleto,   a   ordem   do   procedimento   divino   na administração  da  justiça.  Pois,  se  não houvesse  tal  profecia  do julgamento  "dos  mortos" no  fim  do  milênio,  isso  seria  justamente considerado  um  grave  defeito  no  nosso  sistema  de fé.  Com  ele, temos  um todo  harmonioso. (Manual de Escatologia)

Esse julgamento ocorre logo após  o milênio, para quem ler o apocalipse de forma correta, ou seja, linear. Antes desse julgamento ocorreram ressurreições  dos salvos no arrebatamento e na grande tribulação e portanto não podem estar se referindo a salvos em Cristo  Jesus. Outra pista é o fato de o escritor dizer que quem vai participar desse julgamento será os mortos e os que o Hades der para esse julgamento. Ou seja, serão  pessoas que estiveram no Hades e que não  passaram por nenhum tipo de ressurreição até  agora. E mesmo na ressurreição presente não está  dito sobre nenhuma ressurreição em glória!

Portanto fica claro que não  são  os salvos nem da tribulação e nem do reino milenar. Os salvos do reino milenar não  participarão  de um julgamento condenatório, porque já  estão  salvos e nenhuma condenação existe para os que estão  em Cristo  Jesus.

terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

Reflexões sobre as Bodas do Cordeiro com a Igreja

Vamos ao tema de esposa ou noiva no NT. Esse tema está  baseado em algumas figuras representadas no NT acerca da igreja. Figuras essas sobre fatos que realmente aconteciam em meio ao povo de Israel. Figuras como o casamento e as festas que se davam logo em seguida a esse casamento. As bodas ( casamento) são  retratadas tanto no AT quanto no NT. Textos do AT que retratam Israel como noiva de Deus pode-se citar:  Is 25.6; Os 2.16-19; Is 54.5; 49.18; 61.10; 62.5; Jr 31.32.  Textos que falam sobre casamento em relação  à  igreja ou não ( Obs: nesse aspecto estou considerando os textos dos evangelhos, que não  se referem à igreja de forma alguma [ essa observação é para evitar críticas  desnecessárias ]), pode-se citar: Mt 22.1-14; 25.1-13; Mc 2.19,20; Jo 3.29; 2Co 11.2;Ef 5.25-27; Ap 19.1-9.

Para entendermos a simbologia que o NT faz das bodas (casamento) é  necessário  entendermos como se dava o casamento tradicional dos judeus. Se não fizermos isso vamos falar as maiores mancadas  ou baboseiras interpretativas sobre os textos desse assunto.

"O noivado hebreu  é seguido pela cerimô­nia nupcial. O rito de noivado une a noiva e o noivo numa relação em que envolve promessa recíproca -  relação que é selada na presença de testemunhas. Paulo escreve que prometia a igreja de Corinto, como uma virgem pura, a seu esposo, Cristo (2Co 11.2). O Novo Testamento apresenta Cristo como o noivo e a Igreja como sua noiva. Igualmente, o Antigo Testamento menciona uma relação semelhante entre Deus e seu povo (Is 54.5, 6; 62.5; Jr 3.20; Os 2.19).Em um cenário hebreu, havia um período de espera entre o noivado e as bodas, enquanto a noiva e o noivo viviam separadamente (Dt 22.23, 24; Mt 1.18, 19). Durante esse período, as duas famílias envolvidas dispunham os termos do dote. Quando essa soma era paga é que pro­cediam com as bodas reais. Nesse dia, o noivo, em procissão, acompa­nhado por seus amigos, trazia a noiva de seu lar paterno para seu pró­prio lar. Ali se promovia a festa nupcial para celebrar as bodas. William Hendriksen apresenta uma breve encenação dessa seqüência nupcial quando a aplica a Cristo e sua igreja.

Em Cristo, a noiva foi eleita desde a eternidade. Ao longo de toda a antiga dispensação, as bodas foram anunciadas. Em seguida, o Filho de Deus assumiu nossa carne e sangue: os noivados se concretizaram. O preço - o dote - foi pago no Calvário. E agora, depois de um intervalo, que aos olhos de Deus não passa de pouco tempo, o Noivo regressa e “chegaram as bodas do Cordeiro”. A Igreja na terra anela por esse momento, como faz a Igreja no céu." (Simon Kistemaker)

O casamento do oriente médio  dos tempos do NT era constituído de três partes. São eles: o noivado, a apresentação  e o casamento propriamente dito.

Antes do noivado era feito um contrato no qual se estabelecia o dote a ser  pago (Gn 31.15). Esse dote poderia ser em forma de serviço ( Gn 29.18) ou eliminação  de inimigos ( 1 Sm 18.25).

As exigências para os noivos nesse tempo eram sobremodo diferentes  do noivado da sociedade contemporânea. Caso um homem estivesse noivo de uma mulher ele poderia ser dispensado do serviço militar e, no caso de estupro de uma noiva de outro homem, o estuprador não poderia se casar com a mesma  porque ela já estava comprometida ( Dt 20.7 e Dt 22.28,29 respectivamente). O noivado só  poderia ser dissolvido por meio de um divórcio. Por esses motivos o noivado tinha a mesma importância  de um casamento propriamente dito. Mas ainda há diferenças sobre eles que justificam a não  utilização de ambos os termos como sinônimo. É  verdade que a sua importância  e as suas exigências são  as mesmas. Mas o que acontece com a noiva no casamento não acontecia com a noiva no "noivado".

Após o noivado ( que durava em média 12 meses) acontecia o que alguns chamam de "apresentação". Essa apresentação era a procissão no fim do dia. Nessa etapa o noivo saia de sua casa em direção  à casa de sua noiva. Isso poderia acontecer por meio do pai do noivo ou pelo noivo. Após  esse ínterim, o noivo levava a noiva para o seu lar ou o lar de seu pai. Na casa do pai acontecia o CASAMENTO ( que é  a união física entre noivo e noiva, coisa que na etapa do "noivado" não acontecia, por isso é  mais apropriado chamá-los de noivos, nessa etapa, do que chamá-los de esposo e esposa). 

As bodas duravam 7 dias ou mais (Jz 14.12). Seguia-se às  bodas a celebração dessas bodas.  Essa celebração constituia de comes e bebes. Normalmente essa celebração  ocorria no mesmo lugar onde se deu as bodas. Nesse caso aconteceria na casa do pai do noivo. O que não  ocorria de forma alguma era acontecer as bodas e depois de mais de 2 dias, uma semana ou período  semelhante ocorrer essa celebração.

Há  uma certa dúvida suscitada por alguns em dizer que no contexto das bodas a igreja é  a esposa. Existem versões  bíblicas que trazem a palavra grega nymphë como esposa, enquanto outras trazem noiva. Essas são possibilidades de tradução legítimas, mas, como toda a tradução, existem as que são melhores ou piores, mais adequadas e menos adequadas. Eu sugiro que os termos noiva ou esposa deve ser entendido de acordo com o costume de casamento hebreu. Este era realizado em três fases, como já informado. Entre a fase do noivado  e a fase de casamento os dois ficavam separados por pelo menos um ano. Não  tinham nenhum relacionamento  íntimo. A pessoa que reconhece que o casamento da igreja com Cristo é uma simbologia, deve interpretar essas passagens de acordo com o que a simbologia se refere. Fazer interpretação  sem considerar isso não  é  fazer exegese, mas eisegegue, esejeigue, eisegese, eisejegue, ou esegeigeigeigue kkkk !

A palavra grega"nymphë" significa a "noiva". O emprego do termo não se restringe ao contexto de uma cerimônia de casamento. Pode-se aplicar, igualmente, a uma "virgem", uma "mulher jovem", e uma "jovem esposa"." (W.Günther).

A noiva, pelas razões  já  elencadas, pode ser chamada de mulher (gyne) por causa das leis judaicas, que atribuía responsabilidades iguais a quem era casado ( ou seja, quem era esposo ou esposa). Mas, como informei, a noiva e a esposa eram diferentes e se referiam a ocasiões  diferentes do seu relacionamento com seu noivo.

O símbolo  das bodas denotam  a comunhão  íntima  e indissociável  de Cristo com a comunidade que ele comprou com seu próprio sangue.

Passagens bíblicas que retratam as bodas nos evangelhos não  se referem ao relacionamento de Cristo com a Igreja, pelo menos não  diretamente.

Um dos textos que podem ser usados para retratar essa simbologia com a igreja é Ap 19, nos primeiros versículos. Um texto mais claro do que o de Ap sobre as bodas com a igreja é  2 Co 11.2. Nesse texto Paulo diz: 

O mesmo zelo que Deus tem por vocês eu também tenho. Porque vocês são como uma virgem pura que eu prometi dar em casamento somente a um homem, que é Cristo. (NTLH)

O zelo que tenho por vocês é um zelo que vem de Deus. Eu os prometi a um único marido, Cristo, querendo apresentá-los a ele como uma virgem pura. (NVI)

Porque zelo por vós com zelo de Deus; visto que vos tenho preparado para vos apresentar como virgem pura a um só esposo, que é Cristo. (ARA)

Porque estou zeloso de vós com zelo de Deus; porque vos tenho preparado para vos apresentar como uma virgem pura a um marido, a saber, a Cristo. (ARC)

O comentário Beacon diz o seguinte:

"Assim, a imagem que o apóstolo descreve de Cristo como o noivo, não só de toda a igreja (Ef 5.32) mas também  de cada congregação local em particular, reforça tanto a intimidade como a inviolabilidade da relação entre Cristo e os coríntios.

Paulo se vê  como um pai que, a maneira oriental, arranjou o casamento de sua filha com o mais nobre dos noivos. Como Lenski traduziu, ele apresentou os coríntios  como uma noiva " a um marido". Agora é responsabilidade dele guardar a conduta da noiva prometida até  a hora em que ele irá apresentá-la, como uma virgem pura ao noivo, no dia do casamento."

Sobre esse texto, depois da exposição desse comentário , eu não  quero falar mais nada. A menos que discordem que Paulo apresenta a igreja em figura de "noiva", acredito que as pessoas que interpretam dessa forma seriam os que não conhecem a cultura judaica ou que tentam desprezá-la. Adiciono a informação  de que os termos "preparar" e "virgem pura" indicam que o apóstolo está  se referindo a fase do casamento chamado de "noivado".

Sobre apocalipse 19 pode gerar alguma confusão. O texto está  no contexto da derrota da Babilônia. O escritor deste livro informa claramento que o relato acontece "depois destas coisas", ou seja, os acontecimentos dos capítulos 17-18. A cena desse capítulo passa da terra ( capítulos 6-18) para o céu. No céu é  retratado seres viventes glorificando a Deus pelos feitos do capítulo  18.  Surge no céu  uma "voz como de uma grande multidão" que conclama aleluias a Deus  por ter julgado a prostituta. Dentre esses seres é  apresentado os 24 anciãos. 

Sobre os 24 anciãos existem três  interpretações principais. A primeira diz que esses seres são seres angelicais. A segunda diz que são  uma junção entre os santos do AT e NT. A terceira identifica os 24 anciãos como sendo santos do NT. A descrição dos 24 anciãos aparece em Ap 4. A melhor interpretação  sobre os anciãos é  a terceira perspectiva, e isso por várias razões que não  será  considerada aqui ( visto que o texto já  está  grande). No meio dessa multidão está a igreja de Deus  apresentada como a noiva de Cristo. " Os santos são  retratados como a NOIVA do cordeiro, num contraste deliberado com a meretriz babilônia (Ap 19.7-9)."( John Marcos Lea, ênfase minha)

O relato dos versículos 1 a 6 são  uma descrição  da adoração  que a multidão, os 24 anciãos e os quatro seres viventes, apresentam a Deus. O versículo 7 a 9 é especialmente importante. Vamos lê-lo:

Regozijemo-nos, e alegremo-nos, e demos-lhe glória, porque vindas são as bodas do Cordeiro, e já a sua esposa se aprontou. E foi-lhe dado que se vestisse de linho fino, puro e resplandecente; porque o linho fino são as justiças dos santos. E disse-me: Escreve: Bem-aventurados aqueles que são chamados à ceia das bodas do Cordeiro. E disse-me: Estas são as verdadeiras palavras de Deus. (ARC)


Alegremo-nos, exultemos e demos-lhe a glória, porque são chegadas as bodas do Cordeiro, cuja esposa a si mesma já se ataviou, pois lhe foi dado vestir-se de linho finíssimo, resplandecente e puro. Porque o linho finíssimo são os atos de justiça dos santos. Então, me falou o anjo: Escreve: Bem-aventurados aqueles que são chamados à ceia das bodas do Cordeiro. E acrescentou: São estas as verdadeiras palavras de Deus. ( ARA)

Regozijemo-nos! Vamos nos alegrar e dar-lhe glória! Pois chegou a hora do casamento do Cordeiro, e a sua noiva já se aprontou. Foi-lhe dado para vestir-se linho fino, brilhante e puro". O linho fino são os atos justos dos santos. E o anjo me disse: "Escreva: Felizes os convidados para o banquete do casamento do Cordeiro! " E acrescentou: "Estas são as palavras verdadeiras de Deus". (NVI)

Alegremo-nos, e rejubilemos, e O reverenciemos; porque chegou o tempo do banquete do casamento do Cordeiro, e a noiva dele já se preparou. Ela tem permissão para usar o linho mais puro, mais branco e mais fino". ( O linho fino representa as boas obras praticadas pelo povo de Deus ). E o anjo ditou para mim esta frase: "Benditos aqueles que são convidados para a festa de casamento do Cordeiro". E acrescentou; "O próprio Deus declarou isto". (VIVA)

Interessante a opinião  de Ladd:

A passagem em Apocalipse 19.6-8 é, na verdade, um hino profético que antevê o casamento do Cordeiro com sua NOIVA, após Ele ter iniciado o reinado, e esse início não acontecerá até que Ele tenha vencido os reis da terra liderados pelo Anticristo (George E. Ladd, The Blessed Hope, pp. 99-102, ênfase  minha)

Sobre a  opinião  de Ladd, a única  coisa que discordo é a informação de que esse hino se dá  após Cristo ter iniciado seu reinado. Podemos ver claramente no texto que Cristo ainda iniciará  seu reinado, o que acontecerá após a batalha do armagedom, cujos efeitos e descrições podemos ver no capítulo 19.

Esse texto (Ap 19.7-9) é  claramente uma continuação do relato dos versículos  1 a 6. Não é  demostrado nenhuma mudança de cena. O relato flui naturalmente, mostrando  que se trata dos mesmos personagens, no mesmo lugar e sob as mesmas condições. O texto trata do casamento do cordeiro. Por eliminação, no céu não tem ninguém que possa se casar com o cordeiro. A não ser os Israelitas que morreram na antiga dispensação e os 24 anciãos (que representam a igreja). Mas, claramente, esse casamento não  se refere aos Israelitas.  Posso considerar que se refere à  igreja, visto esse evento acontecer no céu e o AT não  relatar nenhum  casamento que ocorreria com os Israelitas nesse lugar e sim na terra. Outra evidência de que se trata da igreja é  o fato de que Jesus  desce à  terra com um exército vestido de linho fino, branco e puro. Essa descrição é  semelhante a descrição da noiva do cordeiro.

Compare:

Foi-lhe dado para vestir-se LINHO FINO, brilhante e PURO". O linho fino são os atos justos dos santos. (Ap 19.8)

Os exércitos do céu o seguiam, vestidos de LINHO FINO, branco e PURO, e montados em cavalos brancos. (Ap 19.14)

O relato do versículo 8 não  pode se referir a anjos porque anjos não são retratados como os 24 anciãos. Os anciãos estão  coroados, cantam ( enquanto os anjos proclamam) e são  contados ( enquanto  os anjos não  são, Hb 12.22).

Bem, a partir daqui eu posso dizer que os versículos 7-8 tratam dos 24 anciãos. Portanto o termo noiva/esposa se refere a igreja. A única  forma de dizer o contrário  é  tirando o versículo  7 do contexto. Tirando esse versículo  do contexto a pessoa teria que reinterpretar todo esse capítulo, e esse feito custaria muito caro.

Dizendo-se tudo isso, poderia ainda ser afirmado que do versículo  8 para o 9 não há  nenhuma mudança  de perspectiva, de modo que o relato é  contínuo, tratando-se do mesmo assunto e dos mesmos personagens.

Sobre Ap 19.9 Chafer diz: "É preciso distinguir entre as bodas, que ocorrem no céu e são celebradas antes do retorno de Cristo, e a ceia das bodas (Mt 25.10; Lc 12.37), que ocorre na terra  depois  de seu retorno"

Ou seja, de acordo com essa interpretação, haverá uma festa de casamento no céu ( lembrando que toda a festa de casamento existia uma celebração) e uma festa de casamento na terra com a ceia desse casamento ( só  que esse segundo aspecto não  é descrito em Ap 19).

Poderia, por final, ser afirmado que a interpretação que afirma que Ap 19 não  trata das bodas do cordeiro em relação à  igreja é  uma interpretação irresponsável. A maioria esmagadora dos dispensacionalistas interpretam como tratando-se das bodas do cordeiro com a igreja. Até  o idealista Sam Hamstra Jr interpreta esse trecho de apocalipse como sendo uma referência  à igreja. 

Mas a interpretação se estabelece por meio da maioria? É  claro que não. Mas a partir do momento que você faz uma interpretação deslocada do que vem sendo interpretado tradicionalmente na história  e pelas escolas de interpretação  principais, aí  surge a dúvida: porque que só  você, hoje, chegou  a esse tipo de interpretação? É  possível  que isso ocorra? Sim, é possível, mas a fundamentação para tal interpretação terá  que ser dobrada. Não  se faz interpretação  das escrituras de forma isolada. No mínimo, se  alguém for estabelecer uma interpretação nova deve-se ao menos mostrar as razões  porque a interpretação tradicional não  é  a melhor.

Baseado nisso e no que eu falei ao longo desse texto, no capítulo  19.1-9 trata-se de um relato de adoração da igreja e de uma multidão. Segue-se a essa adoração o casamento de Cristo  com os 24 anciãos  e a celebração desse acontecimento, no céu, assim como acontecia a celebração do casamento hebreu na casa do noivo ou do pai do noivo ( nesse caso, Deus  pai).


O objetivo desse "artigo" são  dois: mostrar que o termo esposa é  uma alusão  ao casamento hebreu, e a fase que se trata é  a do noivado. Isso eu tentei mostrar nos versículos  que eu citei. Não  estou considerando todos os textos ( Tem gente que não  entende isso de forma nenhuma kkkk). O segundo objetivo foi demostrar que em Apocalipse 19. 1-9 o relato é  no céu sobre a igreja e outros seres viventes e que as bodas referidas ali é  as bodas de Cristo  com a igreja.

Sobre o primeiro objetivo, é  interesante que nenhum comentarista que consultei e nenhum escritor de renome trata as bodas de Cristo  com a igreja como a igreja já  sendo esposa. Imaginem o absurdo: a esposa (a igreja) se casando para se tornar a esposa do esposo. "Mas os Israelitas  consideravam o casamento e o noivado como sendo as mesmas coisas". Sim, eles consideravam assim só  na importância ou somente no aspecto legal, porque as duas coisas são  diferentes, senão  eles não  casavam....

Sinceramente, eu nunca pensei escrever um texto para tentar provar isso, visto ser esses temas tão óbvios  a partir de um entendimento da cultura e com um mínimo  de exegese. Mas acredito que isso seja o suficiente para demostrar a verdade bíblica, sob minha pespectiva, sobre esse assunto.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

Reflexões  sobre o Arrebatamento Parcial



Para a doutrina parcialista do arrebatamento  da igreja nem todos os "crentes" participarão  desse sublime evento. Eles dizem que somente os que  estiverem "vigiando" e "esperando"  por este acontecimento ou os que tiverem uma certa maturidade espiritual para isso que terão  parte no arrebatamento  da igreja.

O argumento é  mais ou menos o seguinte: a pessoa aceita a Cristo, depositando toda a sua fé  nEle, mas, por não estarem esperando ou vigiando, não  participarão do arrebatamento. Tem que vigiar, orar e ter maturidade espiritual para tal coisa!

A Bíblia  nos informa claramente que todos os que o aceitam como  salvador de suas vidas está  reservado para eles o céu de gozo, a bem aventurada esperança dos servos  de Deus! Podemos encontrar essas informações  em textos como: 1Co 12.12,13; Ef 5.30; 1.1,2;Fp 3.20,21;Tt 2.13.

A mesma Bíblia  também  informa que Jesus voltaria e levaria os crentes para todo o sempre, Jo 14.3. A Bíblia também  nos informa que "todos" serão "tranformados" (1 Co 15.51)<<<<sugiro que o "nós" de 1Ts 4.15-17 se refere à  igreja, de modo que esse termo é  equivalente ao "todos" de Coríntios>>>>. O que estou sugerindo  é  que a Bíblia  de forma alguma faz distinção  entre crentes  que participarão  e crentes que não  participarão  do arrebatamento. Dessa forma, todos os que aceitaram a Cristo terão  parte nesse evento.

Os textos normalmente indicados como  comprovante de que é  uma condição  necessária estar vigiando, esperando ou ter uma maturidade espiritual para tal, são:  Mt 25.1-13; Ef 2.21,22; Ef 5.27,30; 1Co 15.23; Hb 9.28. O problema na aplicação  desses textos, e de textos semelhantes a esses, é  que eles não  estão  no contexto do arrebatamento  da igreja, de modo que devem ser descartados nesse tipo de aplicação  e interpretação.

Algumas observações  ainda podem  ser observadas no que diz respeito ao arrebatamento  parcial, quais sejam:

"(...). Em segundo lugar, um arrebatamento  parcial logicamente exigiria que, em paralelo,  houvesse uma ressurreição  parcial, que não  é  ensinada em nenhuma parte das escrituras.(...)Em quarto lugar, criaria um tipo de "purgatóro" na terra para crentes que fossem deixados. Em quinto lugar,  o arrebatamento  parcial  não  é  ensinado em nenhuma parte das escrituras. O ARREBATAMENTO  DA IGREJA SERÁ  TOTAL, PLENO E COMPLETO, NÃO  PARCIAL." (Enciclopédia  Popular de Profecia Bíblica, ênfase  minha).

O arrebatamento parcial  criaria o desmembramento  do corpo de Cristo,  de modo que os crentes que foram deixados para trás por não  esperarem, vigiarem ou se prepararem, entrariam na grande tribulação  destinada aos ímpios, enquanto os crentes mais "maduros" estariam no céu. Quando a bíblia fala da igreja, o faz como sendo uma unidade!

Outro problema seria porque os parcialistas dizem que só  quem terá  parte no arrebatamento  será  quem vive uma vida de santidade, ou seja, quem tem maturidade espiritual. De modo que há  uma analogia  entre o arrebatamento  e a ressurreição  dos salvos, visto que ambos creram em cristo e ambos serão levados ante a presença  de Cristo. Dessa forma seria necessário  uma ressurreição  parcial,  assim como seria necessário  um arrebatamento  parcial. O pensamento é  o seguinte: quem morreu crendo na promessa do Messias terá  direito à  ressurreição? Ou será  que haverá  uma ressurreiçao parcial para quem foi fiel, deixando,  assim, de lado os que creram, mas não  foram fiéis?

Faço minhas as palavras de Pentecost: "Já que nem todos os santos poderiam ser arrebatados, logicamente nem todos os mortos em Cristo poderiam ser ressurretos, visto que muitos deles morreram em imaturidade espiritual. Mas, já que Paulo ensina que "transformados seremos todos", e que todos "os que dormem" Deus trará (1 Co 15.51,52; l Ts 4.14), é impossível admitir uma ressurreição parcial."

Como também  disse Pentecost : "O parcialista, que insiste em que apenas os que estão "aguardando" e "vigiando" serão transladados, subestima a posição perfeita do filho de Deus em Cristo e o apresenta diante do Pai na sua própria justiça experimental. O pecador então deve ser menos que justificado, menos que perfeito em Cristo."

A obra de Cristo  na cruz  foi perfeita e completa, nos garantindo a salvação, o arrebatamento  e a glorificação, isso enquanto somos igreja de Cristo, justificados, santificados (posicionalmente) e redimidos!

Sendo dito tudo o que acabei de dizer sobre este importante tema, pode-se perguntar: mas onde fica o papel da santificação do crente? Ora, minha resposta seria a que vem sendo dita há  muito tempo dentro da cristandade: a santificação é  para quem é  crente! E alguém  poderia dizer: mas e se alguém  deixar de ser crente ( para os que acreditam na perda  da salvação) ? Então ele perde todos os benefícios  da salvação, não  só  o arrebatamento!

A pergunta mais interessante então não é  se "todos" os santos serão  arrebatados indiscriminadamente, mas como se deixa de ser igreja de Cristo! Esse sim é  um belo debate, que os parcialistas não  consideram de forma nenhuma, sem falar que é  um tema soteriológico bem desenvolvido.

sábado, 24 de dezembro de 2011

A festa de natal e o cristão


    O período de natal é esplêndido, pois, é comemorado o nascimento de Jesus (ou pelo menos é para ser comemorado esse fato). O que acontece é que as pessoas esquecem-se do simbolismo do natal e o comemoram de qualquer forma, como se fosse mais uma festa pagã do estilo do carnaval ou qualquer outro. Muitos pensam que o natal se resume no entregar pressentes para os amigos irmãos.  Mas o que acontece é que o natal de hoje foi paganizado com o fim de comercialização para faturamento. O comércio não tem muito desejo de disseminar a vida de Jesus, especialmente o fato, por sinal muito importante, de que é muito importante deixar Jesus entrar em nosso coração.
  O Cristão pode e deve comemorar o natal, não da forma que muitos estão fazendo. Imagine você, nesse período, comemorar o nascimento de Jesus fazendo o que ele não gosta e não aprova, como por exemplo, beber bebida alcoólica de qualquer tipo.  Será que Cristo estaria recebendo esse tipo de celebração? Com certeza não.
  Jesus muitas vezes é escantiado, colocado seminu numa sobre o feno, entre animais, num contexto de grande pobreza.  Maria aparece com o menino Nicolau, ou no lombo de um jeguinho.  Esta é a cena que é engolida todos os anos pelo papai Noel, que para dizer a verdade, se originou de São Nicolau, bispo de Myra, na Turquia, séc. IV d.c. O natal original é ótimo, porque celebra o nascimento de Jesus, mas foram incluídas diversas práticas pagãs nessa festa maravilhosa.
  Jesus Cristo de Nazaré não nasceu no dia 25 de dezembro. Ela foi fixada  oficialmente pelo papa Júlio I,  no século IV. Ela é rejeitada por muitos especialistas em história e cronologia bíblicas. O nascimento de Jesus era comemorado no dia 20 de maio no Egito e na Palestina, até o século III,  e em outros lugares no dia 6 de janeiro ou no dia 25 ou 28 de março. Segundo a Enciclopédia de Barsa, Ed, Melhoramentos, ma verdade, esse dia foi escolhido para cristianizar grandes festas pagãs que comemoravam a natividade do sol invicto (Nascimento do vitorioso sol): a festa mitraica (religião Persa, rival do cristianismo nos primeiros séculos), além de varias outras festividades decorrentes do solstício de inverno. Sendo nós cristãos devemos analisar tudo e reter o que é bom, pois, como vimos, o natal está atrelado com diversas praticas pagãs.  
  O natal possui símbolos bastante peculiares. Muitos deles, porém, vieram de práticas pagãs antigas. Vamos a elas:
  A árvore de natal. Na antiguidade encontramos referencias de árvores sendo utilizadas para homenagear um deus pagão (com “d” minúsculo) chamado Ninrode. No ocultismo ou nas religiões orientais, os espíritos dos antepassados são invocados com uma árvore. Os ocultistas crêem que as pessoas são energias através das árvores. Enciclopédia Barsa, vol. 11, p.274, fala da origem da arvore de natal: “a arvore de natal é de origem Germânica, datando do tempo de São Bonifácio. Foi adotada para substituir os sacrifícios ao carvalho sagrado de Odin, adorando-se uma árvore em homenagem ao Deus- menino”.
  Papai Noel. A figura do papai Noel que conhecemos hoje foi obra do cartunista Thomas Nast, na revista Harpers weeklys, em 1881. Papai Noel até então era representado com roupas de inverno, porém na cor verde. O que ocorre é que em 1931 a Coca-Cola teria realizado uma grande campanha publicitária vestindo Papai Noel ao mesmo modo de Nast, com as cores vermelha e branca o que foi bastante conveniente já que estas são as cores de seu rótulo. Tal campanha fez um enorme sucesso e a nova imagem de Papai Noel espalhou-se rapidamente pelo mundo. Portanto a Coca-Cola foi responsável por ajudar a difundir o mito tal qual ele é, mas, de forma alguma por criar a figura tão conhecida de Papai-Noel.
  Os três reis magos. A bíblia não menciona que eram três reis magos como é retratado no presépio. A lenda com os nomes Gaspar, Melquior e Baltazar vem do século VIII somente. Na antiguidade os reis não viajavam sozinhos, mas em grandes comitivas.  Isso justifica o alarme de Herodes com toda a Jerusalém como mostra o relato bíblico.
As canções natalinas. As primeiras canções de natal foram confeccionadas na Inglaterra em 1843por um artista chamado John C. Hoersley para um amigo, Sir Henry Cole. Neste cartão estava desenhada uma família e as palavras A Merry Christmas and a Happy New Year To You.
Com todas essas afirmações fica a pergunta: “podemos celebrar o natal ou não? Bem na hora do nascimento de Jesus pastores celebraram esse dia, os anjos e o próprio Deus, pois, foi ele quem enviou os pastores para verem esse acontecimento glorioso. Deus não deixou esse dia passar em branco, antes disponibilizou um sinal para que encontrassem o local. Lc 2.8-18.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

O dia da bíblia



O Dia da Bíblia surgiu em 1549, na Grã-Bretanha, quando o Bispo Cranmer, incluiu no livro de orações do Rei Eduardo VI um dia especial para que a população intercedesse em favor da leitura do Livro Sagrado. A data escolhida foi o segundo domingo do Advento - celebrado nos quatro domingos que antecedem o Natal. Foi assim que o segundo domingo de dezembro tornou-se o Dia da Bíblia. No Brasil, o Dia da Bíblia passou a ser celebrado em 1850, com a chegada, da Europa e dos Estados Unidos, dos primeiros missionários evangélicos que aqui vieram semear a Palavra de Deus.

Durante o período do Império, a liberdade religiosa aos cultos protestantes era muito restrita, o que impedia que se manifestassem publicamente. Por volta de 1880, esta situação foi se modificando e o movimento evangélico, juntamente com o Dia da Bíblia, se popularizando.

Pouco a pouco, as diversas denominações evangélicas institucionalizaram a tradição do Dia da Bíblia, que ganhou ainda mais força com a fundação da Sociedade Bíblica do Brasil, em junho de 1948. Em dezembro deste mesmo ano, houve uma das primeiras manifestações públicas do Dia da Bíblia, em São Paulo, no Monumento do Ipiranga.

Hoje, o dia dedicado às Escrituras Sagradas é comemorado em cerca de 60 países, sendo que em alguns, a data é celebrada no segundo Domingo de setembro, numa referência ao trabalho do tradutor Jerônimo, na Vulgata, conhecida tradução da Bíblia para o latim. As comemorações do segundo domingo de dezembro mobilizam, todos os anos, milhões de cristãos em todo o País.
Em são Paulo esse maravilhoso dia foi comemorado com o tema: “a bíblia para o jovem”, baseado em provérbios 3.6: Lembre de Deus em tudo que fizer, e Ele lhe mostrará o caminho certo. Esse evento foi organizado pela sociedade bíblica do Brasil durante o encontro de lideranças cristãs no museu da bíblia, em Barueri (SP).
 Curiosidades bíblicas:
Os seguintes números são baseados na Nova Tradução na Linguagem de Hoje: 

Antigo testamento
Novo testamento
Total
Livros
39
27
66
Capítulos
929
260
1.189
Versículos
23.146
7.957
31.031

Comparando com outras traduções, esses números podem ser um pouco diferentes. A Almeida Revista e Atualizada, por exemplo, tem 31.104 versículos (o final de 1Samuel 20.42 se torna o versículo 43) e a Almeida Revista e Corrigida tem 31.105 versículos (além de 1Samuel 20, o final de Juízes 5.31 se torna o versículo 32). A versão King James, por sua vez, tem 31.102 versículos, pois ajunta os versículos 14 e 15 de 3João. Os textos originais em hebraico e grego, por sua vez, trazem um total de 31.171 versículos (21.213 no Antigo Testamento e 7.958 no Novo Testamento). A maior diferença está no Livro de Salmos: vários deles trazem títulos que aparecem como o versículo 1 no texto hebraico e que, nas traduções, não são numerados.


Qual o maior capítulo da bíblia?

  É o salmo 119, com 176 versículos.
Qual o menor capítulo da bíblia?

É o salmo 117, com 2 versículos apenas.
Qual o menor versículo da bíblia?

 Isso varia conforme a versão. Na Almeida revista e corrigida, é Lc 20.30: “e o segundo”. Na revista e atualizada, porém,  Jó3.2 tem apenas 7 letras: “ Disse Jó :”.

Qual o maior versículo da bíblia?
 É Ester 8.9.

Quando a bíblia foi dividida em capítulos e por quem? 

Foi dividida em capítulos no século XIII( entre 1234 e 1242), pelo teólogo Stephen Langhton, então bispo de Canterbury, na Inglaterra, e professor da universidade de paris, na frança.

Qual (is) a (s) primeira (s) Bíblia(s) completa publicada(s) com a divisão de capítulos e versículos?

Até boa parte do século XVI, as Bíblias eram publicadas somente  com capítulos . Foi assim, por exemplo, que Lutero traduziu para o alemão, por volta de 1530. A primeira Bíblia a ser publicada incluindo integralmente a divisão de capítulos e versículos foi a bíblia de genebra, lançada em 1560, na Suíça. Os primeiros editores da Bíblia de Genebra optaram pelos capítulos e versículos vendo nisso grande utilidade para a memorização, localização e comparação de passagens Bíblicas. Em português, a primeira edição do novo testamento de João Ferreira de Almeida (1681) foi publicada com a divisão de capítulos e versículos.
Em que ano Jesus nasceu?

Jesus nasceu em Belém da Judéia uns dois anos antes da morte de Herodes, o Grande, o que aconteceu em 4 a.C. Quando o calendário romano foi reformado, séculos mais tarde, houve um erro de uns seis anos no cálculo do começo da era cristã. É por isso que, em vez do ano 1 da era cristã, a data correta do nascimento de Jesus é 6 a.C.

Qual o livro Bíblico mais traduzido?

É o livro de Marcos, que está disponível em mais de 900 línguas.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Porque a a palavra de Deus não apoia a guarda do sábado?


Se fossemos apoiar a guarda do sábado, teríamos que guardá-lo exatamente como os judeus faziam, o que não acontece com os que guardam o sábado. O nosso exemplo não deve ser os adventistas, afinal de contas não foram eles que deram inicio a essa prática.


É bom observar que Deus, no Gn 2.2, não deu mandamento para a guarda do sábado, apenas o santificou. Diferente do que postulam os pseudojudeus, que afirmam que aguarda do sábado começou já no gênesis.


Uma doutrina para ser considerada um postulado da fé cristã , como os sabatistas afirmam que é o caso do sábado, deve ter uma sólida base  bíblica. O que o novo testamento tem a dizer sobre essa prática? A bíblia não é composta somente do antigo testamento! Trata-se de um conjunto que une a velha e a nova aliança.  Uma sem a outra não tem validade. Contudo a velha se completa na nova. O novo tetamento é a convergência da revelação progressiva que se deu da parte de Deus, didática e lentamente, no antigo testamento. Desse modo o novo testamento não só explica o antigo, como também completa a sua obra. Para estarem corretos, os adventistas precisam respaldar o sábado nos dois testamentos, especialmente no ministério de Jesus registrado nos evangelhos.


É bom salientar que os dez mandamentos foram, todos, citados no NT, com exceção do sábado, veja: 


50 vezes o dever de adorar somente a Deus 
12 vezes a advertência contra idolatria
4 vezes a advertência para não tomar o nome do Senhor em vão
6 vezes a advertência contra homicídio
12 vezes a advertência contra adultério
6 vezes a advertência contra furto 
4 vezes a advertência contra o falso testemunho 
9 vezes a advertência contra a cobiça 

Você com o seu próprio raciocionio responda, por que não há qualquer mandamento sobre o sábado no novo testamento? 


Jesus Cristo de nazaré foi um exemplo de como devemos nos portar na cultura em que vivemos. Jesus era judeu, viveu sob a lei no tempo em que a lei estava em vigor(Gl 4.4-4) e cumpriu toda a justiça(Mt 3.15). Quando nasceu, todos os rituais judaicos foram feitos com ele (Lc 2.21-24,39). Aos doze anos, já começou a ir com os pais para as festas judaicas( Lc 2.41-52). No seu ministério, mandou os leprosos purificados fazerem os sacrifícios conforme a lei de Moisés( Mc 1.44; Lc 17.14). Regulamentou a atitude daquele que oferecia sacrifícios no templo( Mt 5.23,24), participou das festas judaicas( Jo 2.23), frequentou a sinagoga nos sábados, é claro porque as sinagogas só funcionavam nos sábados, como culto principal(Mc 1.21).


Os adventistas do sétimo dia dizem que o sábado é essencial para a salvação, a tal ponto que se você não guardar o sábado poderá até mesmo perder o direito ao céu.


"A guarda do sábado é um mandamento exclusivo para o povo de Israel (Êx 31.13). Isso está escrito na Bíblia. Leia Êxodo 20.1,2, com atenção: “Então, falou Deus todas estas palavras, dizendo: Eu sou o SENHOR, teu Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão”. Quem foi tirado do Egito, da casa da servidão, a Igreja ou o povo de Israel?
Quanto ao estrangeiro, mencionado em Êxodo 20 e em outras passagens correlatas, é óbvio que ele teria de guardar o sábado também! Todo estrangeiro deve cumprir a lei que vigora no país onde ele reside. Se eu for morar em algum país, como Estados Unidos ou Alemanha, por exemplo, será que viverei lá como se estivesse no Brasil? Claro que não! Terei de respeitar a lei vigente ali.
Aliás, já que estamos discutindo se Êxodo 20 e passagens afins são para Israel ou para a Igreja de Cristo, gostaria de saber se os animais dos irmãos que seguem fielmente o Decálogo também guardam o sábado! Afinal, o mandamento em apreço era extensivo aos animais: “o sétimo dia é sábado do SENHOR, teu Deus; não farás nenhuma obra, nem tu [...] nem teu animal” (Êx 20.10).
O texto de Isaías 56 contém uma promessa para Israel a respeito da guarda do sábado. Essa passagem alude ao povo israelita, à semelhança de Êxodo 20. Nesse caso, o que eu asseverei sobre os estrangeiros, acima, também se aplica a todas as passagens correlatas. O que os cristãos observadores do sábado precisam mostrar, na verdade, é o mandamento da guarda do sábado para a Igreja de Cristo, no Novo Testamento! Fica aqui o desafio." (Ciro Sanches Ziborde)


Estudos sobre o sábado

http://